quinta-feira, 20 de março de 2014

Neologismos e Estrangeirismos


Neologismos são palavras criadas para designar novas situações, conceitos, factos, objectos, etc. A palavra "televisão", por exemplo, foi criada no século XX quando surgiu uma realidade que não existia até aí. Assim, associou-se o elemento grego tele, que significa "longe", "ao longe", à palavra "visão" (do Latim visione-), que já existia em Português. Um outro exemplo pode ser o do termo "salazarismo", que designa o pensamento ou acção do político português Oliveira Salazar, ou "salazaristas", partidários do mesmo. Um exemplo actual, no Português do Brasil, é o das palavras "dolarizar" e "dolarização", termos criados a partir da palavra "dólar" para designar novas realidades.
            Como é lógico, um neologismo só é sentido como tal durante algum tempo. Tudo o que é novo só o é durante um período de tempo limitado: as pessoas são novas enquanto são jovens, os objectos são novos enquanto não têm um certo uso. Ora, com as palavras acontece o mesmo. Passados anos ou séculos, um determinado neologismo deixa de ser sentido como tal, porque a realidade que ele designa também já não é nova.


Estrangeirismos são palavras importadas de outras línguas. Dois motivos:


   1 – por uma questão de moda ou por serem consideradas mais elegantes pelos seus utilizadores, substituindo outras que existem na nossa língua;
   2 – por designarem situações, produtos, objectos, etc., concebidos e produzidos no estrangeiro e que são importados, não se tendo encontrado ou criado em Português um termo correspondente ao estrangeiro.
   Ex.1: Elisabete – do inglês (Isabel), detalhe – do francês (pormenor), vitrina – do francês (montra, galicismo também), reprise – do francês (repetição), champanhe – do francês (vinho espumante); sheik – do árabe (xeque).


   Ex.2: surf, skate, stress, todos do inglês.

 
            Os estrangeirismos podem ser adaptados, fonética e graficamente, ao nosso idioma, ou manter as características formais da língua original.


   Ex.1: ténis, futebol, cassete.


   Ex.2 : drive, hardware, software.


            Quando, no século XX, se deu o grande desenvolvimento a nível das novas tecnologias, muitos produtos, máquinas e objectos foram criados em países que se expressavam em Inglês.


            Assim, os termos ingleses (variante europeia ou americana) passaram a designar os elementos dessa realidade. São neologismos em relação ao próprio Inglês e são estrangeirismos porque os importámos. Actualmente, com o maior contacto entre os povos, a existência dos grandes meios de comunicação, os produtos das grandes empresas multinacionais que são distribuídos por todo o mundo, é facilitada a circulação de termos de várias línguas e a sua adopção pelos falantes, especialmente se no seu idioma não existem (ou não se tem a preocupação de procurar) termos que designem adequadamente esses novos produtos ou aspectos da realidade. Áreas de grande tentação em utilizar estrangeirismos são as da informática, economia, química, física, desporto e, até, filosofia.

Fenomeno Literario


FENÓMENO LITERÁRIO

1-      O escritor ou o emissor.

Tem-se ridicularizado a biografia, mais ou menos romanceada, como elemento de investigação. Tem-se igualmente desprezado as relações ser humano –obra, inúteis, é certo se se estabelece uma relação unívoca entre aquilo que viveu o escritor e o que ele escreveu. No entanto a verdade é que, na base da escrita, quer seja ficção, poesia ou crítica, há uma realidade inevitável que é o ser humano. Interessamo-nos demasiado pela história das ideias e pela escrita para desconhecer as armadilhas do humanismo. Todavia, não vemos por que razão o ser humano escritor seria totalmente eliminado da problemática literária. Pelo contrário, os métodos psico-críticos, psicanalíticos, as investigações a partir dos manuscritos dão uma nova vitalidade a esse tipo de pesquisa.        

2-      O público ou o receptor

Este é um elemento básico a propósito da recepção literária. Deveremos aqui estabelecer uma diferença entre público e leitor e entre público e sociedade. Escreve-se numa determinada sociedade para um determinado público tendo, talvez, a imagem ideal de um leitor possível. É evidente que estamos aqui longe do socialismo generalizante que tantas vezes limita um estudo social da literatura. Trata-se isso sim, de estudos interdisciplinares que podem ser fornecidos pelo historiador; em troca, o investigador literário pode fornecer-lhe  dados sobre aquilo que a literatura diz sobre uma determinada época, aquilo que os contemporâneos dizem, em suma, aquilo que faz da literatura uma prática cultural.

3-      A mensagem ou o texto.

É apenas uma dimensão entre muitas outras do fenómeno literário. Para a estudar, os métodos descritivos, derivados sobretudo do estruturalismo, são um excelente recurso. Mas convém lembrarmo-nos, mais uma vez, de que um texto não existe isoladamente, não se basta a si mesmo. Além de implicar uma relação com a cultura, com a sociedade, e de reflectir a própria vida do escritor, ele depende ainda de uma quarta dimensão, aquela que, esquematicamente, consideramos a última deste balanço teórico final.

4-      O modelo

Um texto literário é elaborado por um escritor por ( ou contra) uma instância social; é analisável no seu funcionamento, mas também na sua função. Ora a primeira resposta possível à questão da função do texto é o estudo do modelo organizador.  Aliás , a questão pode ser posta não só em relação aos textos literários mas também a todas as atividades culturais. Qual é o modelo estético-social utilizado? A partir do momento em que o escritor pode escolher entre vários modelos ( ou géneros literários) a escolha é um elemento de estudo importante. Põe-se uma questão que não é apenas estética, embora o fulcro da escolha seja estético. Portanto o estudo deverá estabelecer a relação complexa entre mensagem (3), público (2) e modelo estético e social (4).

Tudo isto nos leva a pensar na prioridade que o investigador, em função dos seus objetivos de pesquisa, deve dar a este ou àquele método. Por outro lado, o investigador deve situar o seu trabalho em relação aos outros métodos se quiser evitar pontos de vista incompletos, parciais, leituras demasiado orientadas.

Não podemos esquecer também o elemento cultural, o elemento social, a equação pessoal do escritor, as orientações dominantes de uma época a que poderemos chamar ideologia.

O investigador literário nunca deverá esquecer-se de que a literatura não  é apenas o que se escreve, é também o que se pensa e o que se vive.

quinta-feira, 13 de março de 2014

PSICOLOGIA GERAL


PSICOLOGIA GERAL

Princípios teóricos gerais e os métodos mais importantes.

A Psicologia Geral estuda a atividade cognitiva e prática, as leis gerais das sensações, percepções, memória, pensamento e auto regulação psíquica, as particularidades psico diferenciadas do individuo: Caracter e temperamento, motivação dominante da conduta.

Os resultados das investigações no campo da psicologia geral são uma base fundamental para o desenvolvimento de todos os ramos e partes da Ciência Psicológica.

PROCESSOS PSIQUICOS
ESTADOS PSIQUICOS
QUALIDADES PSIQUICAS (Particularidades da personalidade)


Os processos psíquicos geralmente relacionam-se com os processos cognitivos
As sensações e percepções -- Reflexo imediato dos estímulos que atuam sobre os órgãos dos sentidos

A memória—Como um reflexo que reproduz a realidade

A imaginação e o pensamento—Como reflexo generalizado e reelaborado na consciência do ser humano sobre as propriedades da realidade, inacessíveis ao conhecimento de forma imediata

Os processos evolutivos – Despertar das necessidades, surgimento dos motivos ou impulsos para atuar de determinada forma, a tomada de decisões e seu cumprimento

Processos emocionais – Surgimento dos sentimentos, sua dinâmica em dependência da satisfação das necessidades
 
Com os estados psíquicos estão relacionados 

As manifestações dos sentimentos – Estado de ânimo, afectos

Manifestações da atenção – Concentração, distracção

A vontade – Segurança, insegurança

O pensamento – Dúvida, certeza


 
 
 

STOP E VOCABULÁRIO



PLANO CURRICULAR-PORTUGUÊS -i,ii


Descrição: Description: Macintosh HD:Users:arisafeca:Dropbox:DOCUMENTOS:BUSINESS:COPRITE:isup_hi_res.jpg 

Designação da cadeira:
LÍNGUA PORTUGUESA I
Regime
Anual
Posição no curso:
1º. Ano
Tempos lectivos semanais:
4 teórico-práticos
Precedência obrigatória:
Não tem

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE PORTO AMBOIM

 

OBJECTIVOS

Consideram-se objectivos da disciplina de Língua Portuguesa:

 

1.Compreender enunciados orais e escritos.

.Interpretar diferentes tipos de enunciados escritos e orais.

.Reflectir sobre a informação captada, relacionando-a com outras

       informações da sua própria experiência;

.Deduzir sentidos implícitos;

.Avaliar a intencionalidade e a eficácia comunicativa;

 

2.Produzir enunciados orais.

.Utilizar uma expressão oral fluente, correcta adequada a diversas

  situações de comunicação;

.Participar em distintas situações de comunicação oral, de acordo

  com as normas e as técnicas específicas;

.Mobilizar de forma activa os recursos expressivos, linguísticos

  e não linguísticos;

3.Produzir enunciados escritos.

            .Utilizar as técnicas basilares da composição de diversos géneros

             textuais, com vista a um progressivo aperfeiçoamento da expressão

             escrita;

            .Produzir textos de diferentes géneros – expressivos, informativos,

            Utilitários e argumentativos – demonstrando o domínio das capacidades

            linguísticas e técnicas requeridas;

            .Realizar uma reflexão linguística, a partir de situações de uso, em

            actividades de compreensão e de expressão;

           .Adquirir métodos e técnicas de pesquisa, registo e tratamento de

            de informação;

 

4.Integrar as realizações linguísticas e as produções literárias na história

    e na cultura nacional e universal.

 

5.Diversificar as suas experiências de leitura.

            .Ler de forma expressiva, respeitando os sinais gráficos;

            .Utilizar a leitura como fonte de informação para múltiplas finalidades;

            .Relacionar o que lê com as experiências, sentimentos e valores

             próprios e dos outros;

            .Reconhecer afinidades e/ou contrastes entre vários espaços, épocas e

             tipos textuais;

            .Apreciar criticamente diferentes tiposde textos, suportando critérios

             Pessoais e não pessoais;

            .Adquirir métodos e técnicas de pesquisa, registo e tratamento de

             informação;

 

PROGRAMA

 

1.    COMUNICAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA – SITUAÇÕES DE COMUNICAÇÃO

1.1. Situações / contextos de comunicação

1.2. A oralidade e a escrita

      1.2.1. Regras das exposições orais

      1.2.2. Regras das exposições escritas

1.3. As formas de tratamento pessoal

 

2.    REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA E MELHORAMENTO DA COMPREENSÃO E DA EXPRESSÃO

 

2.1. Níveis de reflexão fonética e fonológica

      -sílaba e palavra

      -sílaba tónica e sílaba átona

      -acento, entoação, pausa, ritmo

2.2. Léxico

-campo lexical

-família de palavras

-alargamento e renovação do léxico: neologismos e estrangeirismos

-abreviaturas, siglas, acrónimos amálgamas

-dicionário e entrada lexical

-palavras primitivas e palavras derivadas

-palavras simples e palavras compostas

      2.3. Morfologia

            -classe de palavras variáveis e invariáveis

            -classe dos substantivos: grau, género e número

            -classe dos adjectivos: grau, género e numero

-processos morfológicos de formação de palavras (derivação e   composição)

       2.4. Semântica

            -polissemia

            -denotação e conotação

            -relações semânticas entre as palavras

            -conectores do discurso

            -natureza do vocabulário

            -valores especiais dos tempos e modos verbais

        2.5. Sintaxe

            -tipos de frases

            -frase e oração

            -frases simples e frases compostas

            -elementos fundamentais da frase

            -processo de concordância dos elementos da frase

            -conexão entre as partes do discurso

            -orações coordenadas e orações subordinadas

         2.6. Ortografia e Acentuação

            -sinais auxiliares de escrita

            -acentos gráficos

            -regras de acentuação gráfica

            -divisão silábica

            -translineação

            -relação fonética e gráfica entre as palavras

            -uso da maiúscula inicial

 

3.    ESCRITA PARA APROPRIAÇÃO DE TÉCNICAS E MODELOS DIVERSIFICADOS

3.1.        O que é um texto

3.2.        Propriedades de um texto

3.2.1.   Adequação

3.2.2.   Coerência

3.2.3.   Coesão

3.2.4.   Progressão temática

3.3.        Planificação do tema: explração do ema; intencionalidade comunicativa; Adequação comunicativa; organização das ideias.

3.4.        Etapas da construção do texto:

3.4.1.   Encadeamento das partes do texto;

3.4.2.   Construção do parágrafo e da frase;

3.4.3.   Pontuação e acentuação;

3.4.4.   Vocabulário e ortografia;

 

4.    TIPOS DE TEXTOS E INTENÇÕES COMUNICATIVAS

4.1.        Texto descritivo

4.2.        Texto narrativo

4.3.        Texto de diálogo

 

5.    DESCODIFICAÇÃO DO RACIOCÍNIO LÓGICO

5.1.        O impacto e a importância do hábito da leitura

5.2.        Interpretação e apreensão do sentido global de textos de géneros diversificados

5.3.        O resumo e a síntese

 

6.    DESCODIFICAÇÃO E ELABORAÇÃO DO DISCURSO

6.1.        O RESUMO

6.2.        A SÍNTESE

6.3.        O SUMÁRIO

6.4.        O COMENTÁRIO

6.5.        Técnicas de redacção de um comentário

6.6.        O debate

6.6.1.   Técnicas de debate

 

7.    TEXTO EXPOSITIVO E /OU ARGUMENTATIVO

7.1.        Interpretação e apreensão do sentido global de textos epositivos e augumentativos

7.1.1.   Os conectores de discurso e a coesão textual

7.1.2.   Estrutura do texto expositivo-argumentativo

7.1.3.   Estrutura do texto argumentativo

7.2.        Redacção de textos expositivos e/ou argumentativos tendo em conta a análise crítica de temas actuais.

 

8.    FORMAS DE TRATAMENTO PESSOAL

8.1.        Distinção entre “TU” e “Você”

8.2.        A segunda e a terceira pessoa verbal

8.3.        O modo imperativo dos verbos

 

9.    DESCODIFICAÇÃO DO RACIOCÍNIO LÓGICO

9.1.        Leitura e interpretação de diferentes tipos de textos

9.2.        Elaboração d            e sínteses e / resumos

9.3.        Redacção de comentários

 

10. TÉCNICAS DE REDACÇÃO DE TEXTOS UTILITÁRIOS

10.1.     Actas

10.2.     Requerimento

10.3.     Carta comercial e não comercial

10.4.     Cartas de apresentação

10.5.     Curriculum Vitae

10.6.     Relatório simples

 

11.  PRINCIPAIS EXPRESSÕES LATINAS DO MIUNDO JURÍDICO 

 

 

BIBLIOGRAFIA

·         Azeredo, M. Olga, Pinto, M. e Lopes, M. Carmo (2009).DA COMUNICAÇÃO À EXPRESSÃO – GRAMÁTICA DE PORTUGUÊS, Lisboa, Lisboa Editora.

 

·         Duarte, Inês. (2007).O CONHECIMENTO DA LÍNGUA: DESENVOLVER A CONSCIÊNCIA LINGUÍSTICA. Lisboa, Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.

 

 

·         Gomes, Álvaro. (2009).GRAMÁTICA PEDAGÓGICA E CULTURAL DA LÍNGUA PORTUGUESA. Porto, Edições Flumen/Porto Editora.

 

·         Moura, José de Almeida. 2003).GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS ACTUAL. Lisboa, Lisboa Editora.

 

 

·         Oliveira,Fátima e Duarte, Isabel Margarida (orgs.). (2004).DA LÍNGUA E DO DISCURSO. Porto, Campo de letras.

 

Sítios na Internet:

http://sitio.dgidc.min-edu.pt/linguaportuguesa/Documents/Programas_LPEB.pdf